Nascido em Pelotas, em 1940, Alcy Cheuiche tem uma trajetória que combina as carreiras de médico veterinário e escritor. O interesse pela escrita literária, pela pesquisa, pelo ensino e pelos anseios humanistas foi despertado na infância. A infância, a história também sempre esteve no imaginário do escritor, como ele conta:
Meu pai tinha paixão por leitura, principalmente do que era nosso; então, além de contar as histórias para nós, aquela história para crianças, ele sempre dava um jeito de contar a história da própria história. Ele nos contava histórias sobre os acontecimentos do Rio Grande do Sul – as missões guaranis, a Guerra dos Farrapos… Meu pai era uma pessoa que herdou esse dom de narrar dos árabes, mas ele não gostava de escrever. Eu comecei, então, a escrever. Lembro que uma das primeiras coisas que escrevi foi quando ele nos contou um duelo entre Bento Gonçalves e Onofre Pires, quando vínhamos de carro, à beira do arroio de Sarandi. Naquela noite eu escrevi um poema sobre o duelo e de manhã, na hora do chimarrão, eu o dei para ele. Comecei com a poesia, mas gosto mesmo é do romance.
Esse poema foi a primeira de obras voltadas a temas históricos, em especial do Rio Grande do Sul e seus personagens, movimentos e revoluções.
Cheuiche é membro vitalício da Academia Rio-Grandense de Letras e sócio fundador da Associação Gaúcha de Escritores. Publicou romances, crônicas, peças teatrais e poesias, entre os quais O Gato e a Revolução, sua primeira obra de ficção; Ana sem Terra e Sepé Tiaraju – Romance dos Sete Povos das Missões, traduzidos para o alemão e o espanhol; O Mestiço de São Borja; A Guerra dos Farrapos, ganhador do prêmio literário Ilha de Laytano; e Com Sabor de Terra.
Alcy Cheuiche já foi patrono de feiras do livro em Alegrete, Caçapava do Sul, Gramado, Gravataí, Porto Alegre (2006) e São Sepé. Em 2011, foi patrono da Semana Farroupilha do Rio Grande do Sul. Pertence à Academia Rio-Grandense de Letras e é sócio fundador da Associação Gaúcha de Escritores. Neste ano, é o patrono da 18ª Flivi, a Feira Literária de Viamão, e durante o evento lançará o romance histórico Viamão – A Trincheira Farroupilha.
Viamão – A Trincheira Farroupilha
O mais recente romance histórico de Alcy Cheuiche resgata a importância de Viamão durante a República Rio-Grandense, semente da atual República Federativa do Brasil. Dentre os fatos narrados na saga, além da liderança inconteste de Bento Gonçalves e do heroísmo dos Lanceiros Negros, destacam-se de forma magistral os feitos de Giuseppe Garibaldi, o Herói dos Dois Mundos, e de Luigi Rossetti, o Jornalista Farroupilha, crucificado por uma lança na defesa de Viamão – dois patriotas que uniram para sempre a história da Itália e do Brasil.
Alcy Cheuiche na 18ª Flivi
19 de setembro, quinta-feira
19h – O patrono Alcy Cheuiche receberá a chave da cidade e anunciará a abertura da Flivi. Depois a Ospa fara uma apresentação na Igreja Matriz.
20 de setembro de 2024, sexta-feira
19h – Lançamento do livro Viamão – A Trincheira Farroupilha e palestra/bate-papo com o autor
27 de setembro de 2024, sexta-feira
19h – Palestra/bate-papo no palco da Flivi
